O Ministério da Saúde deveria ser a fonte natural destas informações, mas os veiculos mencionaram que atitudes recentes tomadas pelo Governo colocam em causa a
disponibilidade e precisão dos dados.
“Numa sociedade organizada como a brasileira, é praticamente impossível omitir ou desfigurar dados tão fundamentais quanto o impacto de uma pandemia. Com essa iniciativa conjunta de levantamento de dados com os estados, deixamos claro que a imprensa não permitirá que nossos leitores fiquem sem saber a extensão da covid-19“, afirmou Sérgio Dávila, diretor de redação da Folha.
Já Murilo Garavello, diretor de conteúdo do UOL, frisou a responsabilidade dos jornalistas em transmitir informações confiáveispara a sociedade durante a pandemia. “E, agora, no momento mais agudo da pandemia, precisamos assegurar à população o acesso a dados corretos o mais rápido possível, custe o que custar”, afirmou Garavello.
Alan Gripp, diretor de redação do jornal O Globo, avaliou que o país vive um momento crucial e as empresas de comunicação social deixaram de lado a concorrência por um bem comum: “Levar à sociedade o dado mais preciso possível sobre a pandemia. Essas informações orientam as pessoas e as políticas públicas. Sem elas, o país mergulha em um voo cego”.
O diretor-geral de jornalismo da TV Globo, GloboNews e G1, Ali Kamel, explicou que “em que pese a disputa natural entre veículos [media], o momento de pandemia exige um esforço para que os brasileiros tenham o número mais correto de infetados e óbitos”.