I Encontro de Improvisação acontece no Karthaz Studio

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O I Encontro de Improvisação é um projeto de imersão interdisciplinar de dança e música, uma iniciativa do NODO Coletivo e Karthaz Studio com a ideia de abrir um espaço de encontro de linguagens corporais através dos diferentes gêneros da dança, gerando comunhão e integração da dança em Fortaleza, como meio de criação, fortalecimento e reconhecimento da potência que caracteriza cada formato artístico a partir do contexto de cada área. O evento acontece no Karthaz Studio no sábado, 21 de setembro, às 17h. A programação é aberta ao público geral e aos amantes da dança urbana e contemporânea. A entrada é gratuita.

A improvisação é um ato de livre expressão que funciona no aqui e no agora, estimulando a imaginação e a exploração através da interação de elementos internos e externos que são colocados em um espaço específico, roteirizados ou com a liberdade de serem abordados pela própria intuição, o senso de escuta e percepção corporal se desenvolve no nível individual e com o outro, permitindo-se viajar e entender que não há certo ou errado. Esses são discursos que se disseminam na relação que hoje, um dançarino constrói dentro da dança contemporânea, criar possibilidades e abrir portas para novas rotas de movimento corresponde, a um dos interesses desse espaço.

“Nesta primeira versão, criamos parceria com o Fórum das Danças Urbanas, NODO Coletivo e o Karthaz Studio para a realização do evento. O I Encontro de Improvisação dialoga com os formatos tradicionais das danças urbanas Cypher, com a dança contemporânea e com os convidados especiais DJ LolyPop, e o músico compositor contemporâneo Issac Omar.  Convidamos os artistas da dança contemporânea e da dança urbana de Fortaleza para partilharmos e nos fortalecermos nesse encontro. Vamos potencializar a construção da intepretação cênica de nossos artistas”, pontua Linhares Júnior, coreógrafo e idealizador do Karthaz Studio.

Cypher
Nas danças urbanas, existem diferentes formas de improvisação e uma delas é o Cypher. Um espaço de encontro colaborativo que é entendido pela espontaneidade e o desejo de dançar qualquer estilo livre dentro das técnicas que aborda a dança urbana, não há intenção de competição, o importante é gerar comunidade e pulsão como estado corporal e de convivência.

Muito antes das competições de break organizadas acontecerem. Muito antes de B-boys e B-girls competirem um contra o outro em arenas. Muito antes dos competidores serem julgados por seus passos em disputas mundiais, havia as cyphers – onde os dançarinos de break dançavam livremente, testando seus movimentos e competindo ao ritmo da música.

Para aqueles que não sabem, uma cypher de break é quando B-boys e B-girls formam um círculo e, um após o outro, entram no meio e dançam. E, ao contrário das batalhas organizadas, há muito menos restrições em uma rodada.

Um cypher não precisa de um palco ou área designada para acontecer, elas podem se formar em qualquer lugar; em festas, clubes, estações de trem, na praia ou até na sala de casa. Tudo que os dançarinos precisam é de espaço para dançar.

Música
A música em conexão com a linguagem da dança como fonte de provocação expressiva, nascida em simultaneidade com a dança, estimulador e inspiração para o desenvolvimento do material que será criado com base nos dois formatos diferentes, a dança urbana junto com o DJ, e um musico que compõe através da improvisação, a projeção musical contemporânea em relação ao ator bailarino.

Ato de Presença
Atualmente, fazer um ato de presença e responder às manifestações culturais através da arte nos convida a criar sinais políticos sobre a importância de criar comunidades para nos manter fortes, insistir como meio de existência e fonte de sobrevivência. Reunir dois gêneros de dança diferentes de seus contextos, identificando que a maioria dos dançarinos urbanos é da periferia, jovens com uma força maior de resistência nas artes, e a dança contemporânea mais influenciada pela cultura ocidental, é um convite para gerar diálogos e reflexões na construção de corpo e movimento como posicionamento político ante a sociedade, à aceitação e reconhecimento da diversidade como fontes de igualdade e contendo o mesmo valor em cada área correspondente, a nível profissional, enriquecer o campo artístico do outro a partir da troca de saberes.

É importante reconhecer que a categorização dos gêneros de dança fortalece as necessidades individuais que cada uma precisar, mas, também é essencial dialogar como as diferentes técnicas e estilos na dança, para reunir uma variedade de elementos criativos que permitiriam, a criação de uma caixa de ferramentas que aperfeiçoasse a construção do artista performer em Fortaleza.

Serviço
I Encontro de Improvisação
Dia: Sábado, 21 de setembro
Horário: 17 horas
Local: Karthaz Studio
Rua Pero Coelho 442 – Centro – Fortaleza

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