Em parceria com o Hemocentro de Brasília, estudantes do Colégio Objetivo DF buscam incentivar a comunidade a doar sangue
Você sabia que uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas? Por isso, a doação é tão importante. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano passado, mais de 3 milhões de pessoas doaram sangue. Apesar do número expressivo, ele ainda é menor do que anos antes da pandemia do novo coronavírus, que impactou diretamente o estoque dos hemocentros.
Pensando nisso, os alunos dos colégios Objetivo no Distrito Federal se uniram, em mais um ano, para colaborar com a mudança desta situação e promover a conscientização em torno da doação de sangue. O projeto “Os melhores corações doam sangue” envolve os alunos do Ensino Fundamental II ao Ensino Médio. “Eles estão muito motivados a doar e essa motivação ultrapassa as paredes da sala de aula, atingindo as famílias e a comunidade escolar. Vale ressaltar que é um ato voluntário, apenas os alunos que quiserem e se enquadrarem às regras do hemocentro poderão participar”, explica Karoline Cardeal, gerente de projetos da rede BLUE Educação.
Formação de um hábito saudável
Para muitos alunos, essa é a primeira experiência de doação de sangue, contudo, para outros, isso tem se tornado um hábito. Alunos que participaram de edições passadas despertaram, a partir da campanha, essa consciência para a importância do gesto. “É gratificante participar mais uma vez, porque eu sinto a necessidade de me doar, pelo menos um pouquinho, pela vida do próximo. Também é bom saber que é um ato de reciprocidade, porque hoje é o outro quem precisa, amanhã pode ser eu na fila esperando também”, afirma Helena Queiroz, aluna do 3º ano do Ensino Médio.
O projeto se faz importante a partir do momento em que conscientiza as pessoas, principalmente os adolescentes, sobre, desde cedo, ajudar ao próximo, a entender a necessidade do outro e a compreender que é um gesto solidário, que salva a vida de muitas pessoas. “É um ato de amor, eu não conheço a pessoa que recebeu meu sangue, mas acredito que ela tenha sido grata por esse gesto, e a sensação minha em doar é de extrema solidariedade e alívio em saber que hoje eu posso estar me doando pelo próximo”, conclui Helena.
Dentro de sala
O professor Rodrigo Basílio, coordenador da área de Biologia no Colégio Objetivo, explica que o projeto vai além da doação de sangue em si. Os alunos participam de palestras, atividades e trabalhos em sala de aula cujo foco é aprender e criar o hábito de ajudar na prática. Além disso, todas as atividades acompanham o conteúdo do ano letivo.
“Esse projeto de doação de sangue já está virando uma tradição. A iniciativa sempre parte dos alunos, eles têm uma responsabilidade social impressionante, eles compreendem a importância da doação para a sociedade e, além disso, para quem não sabe, doar sangue também fortalece o nosso sistema imunológico porque confere um crescimento da fabricação de células”, finaliza o professor.